
Minha vida é um tumulto constante, o que me deixa ocupada por muito tempo. É o colégio, a Fenarroz, as colunas do JP e do Formigão, o namorado, a família, a vida social, a vida pessoal e por aí eu vou me dividindo. Exatamente por isso não tive tempo de voltar aqui para escrever meus pensamentos e opiniões. Ok, não vou mentir. Eu tive tempo, tive férias. Mas a preguiça me domina na maioria das vezes. O que eu não me conformo é o fato de não ter ido ver o mar este ano, não ter colocado meus pés na areia e nem ter ficado esticada na canga me bronzeando durante horas, como eu gosto de fazer. Chegou 2010, o ano mais esperado. o ano da XVI Fenarroz, um ano de mudanças radicais. O ano em que os tempos dourados de colégio terminam , o que me traz dor e alívio ao mesmo tempo. Eu não quero, definitivamente não quero, ter que decidir o que vou fazer nos próximos 90 (sou otimista) anos de vida, pensar em sair de casa, em trabalhar, em assumir o dobro de responsabilidades que eu já tenho. Não quero perder o contato dos meus melhores amigos, quase irmãos que estão comigo há praticamente 14 anos, as carinhas de sono que encontro de segunda à sábado bem cedo da manhã. Quero continuar saboreando os folhados entre outras delícias do bar do colégio, que até hoje não encontrei igual em outro lugar, entre as conversas e fofocas dos melhores 15 minutos da manhã, o recreio. As brigas por coisas insignificantes que rendem boas gargalhadas ao passar do tempo. Os desentendimentos durante as decisões sobre a formatura, as festas, as junções, os "dias de luta". O colégio tem o lado bom, o lado que se torna inesquecível. São essas coisas que lembraremos daqui há muitos anos. Mas por outro lado, quero me livrar desta monotonia, do tédio da escola, dos professores, das provas, da rotina. A professora de português falou uma coisa hoje que me deixou refletindo por muito tempo.
"Este ano é o ano da incerteza, a partir de agora nunca saberemos onde estaremos
no próximo ano."
Isso me assusta e muito. Eu não tenho nem ideia. Tenho medo do futuro que me espera. E as minhas colunas? Não quero me separar delas. Quero mas também não quero sair de casa, gosto da mordomia. E quem não gosta? Gostaria de passar numa federal para que minha família tivesse orgulho de mim e pudesse ter certeza que posso cuidar do meu futuro. São questionamentos que me faço diariamente, e até agora não encontrei suas devidas respostas. Vou ocupar o tempo que fico aqui twittando, 'orkutando', e postando, para estudar e pensar nesses assuntos. É a melhor coisa a fazer.